domingo, 26 de outubro de 2008

Avaliação e valoração da qualidade de um blogue

Já me deixei influenciar pela informação inserida nos blogues. Já acreditei em notícias que li em diversos blogues, tento vindo a constatar que a veracidade da informação nem sempre correspondia ao correcto. Agora, sou mais cuidadosa e, em vez de crer sem questionar, tento "descobrir" formas de atestar a credibilidade do que se escreve e de quem escreve.
De facto, apesar de esta ser a minha primeira experiência no que respeita à criação de um blogue, já há muito que sou "consumidora" diária deste tipo de potencialidade que a Web 2.0 nos oferece. Para tirar o máximo de proveito que um blogue nos pode proporcionar é necessário ser capaz e distinguir entre o aproveitável e o que não interessa; ser capaz de evitar o tal "ruído documental" que grassa na Internet.
Mas como? Não queremos todos a livre circulação da informação, isenta de qualquer censura? Num mundo utópico e idealista, responderia sim! Mas tal não acontece (o mundo não é assim!) e, por isso, é preciso analisar os blogues que consultamos com atenção, de modo a "filtrar"o que não interessa ou o que não corresponde à verdade.
Para isso, devemos, por exemplo, verificar a identidade do autor do blogue (há endereço de e-mail? Existem referências pessoais?); analisar o conteúdo e os textos inseridos (há qualidade, pertinência e bom-senso?) ; popularidade do blogue (há muitas pessoas que comentam as mensagens, os "posts"? Com que frequência? ) ...
Julgo que, com alguma experiência, conseguimos discernir o importante do acessório. O que não podemos, de forma alguma, é deixar de aproveitar o que um blogue nos oferece: a democracia participativa e o aproveitamento da inteligência colectiva . E, com toda a certeza, esta ferramenta é / pode ser uma mais-valia na área da Educação, nomeadamente na Biblioteca Escolar. Apesar dos riscos.

7 comentários:

Maria Sobral disse...

Concordo inteiramente com o optimismo com que os blogues são encarados ,nesta página de Inês.
Há riscos, mas viver é sempre um risco.

Ana Salema disse...

O caminho parece ser aceitar o desafio e fazer escolhas, as escolhas adequadas.Na verdade, "consumir um blogue" implica sentido crítico- tal como a leitura de qualquer semanário ou periódico - e uma clara preocupação com a fonte de informação, com a autoria do blogue.Geralmente quem escreve em blogues assume a sua persona cívica e quando não é o caso há que avaliar se a "despersonalização" interessa verdadeiramente.Fernando Pessoa, se fosse vivo e gostasse de teclar, provavelmente "outrar-se-ia " em múltiplos e digitais blogues. Perderia com isso a luz criativa?

Maria José Leite disse...

Separar o trigo do joio agora também neste mundo virtual a transbordar de informação!Saberemos fazê-lo se tivermos formação, pois não há crítica sem conhecimento.
Gostei do blogue!
Mª José leite

Maria Irene Pereira disse...

A reflexão sobre a credibilidade de quem escreve e do que se escreve é inerente a um cidadão que deve ser atento e crítico. Afinal nesta sociedade em que a informação flui através da internet, com todas as potencialidades da web 2.0,é fundamental que na Escola (sala de aula)e na Biblioteca Escolar, se dêem indicadores que podem colocar em causa a credibilidade de determinada fonte de informação e se alertem os alunos para a importância da avaliação crítica de um blog, por exemplo. Contudo, concordo com a Graça quando refere a democratização da informação, como vantagem e potencialidade do blog. Afinal corremos riscos todos os dias...o risco é inerente à vida!

Anónimo disse...

Olá Graça:

Gostei de ver o teu blogue. Já dominas muitas técnicas. Estás de parabéns. Eu, quando comecei fiz bem pior.

Quanto ao post referente à tarefa está adequado.


Votos de um bom trabalho

João Paulo Proença

Ana Cabral disse...

Olá,

gostei do conteúdo do teu comentário. abordas de uma forma sintética a reflexão proposta.

Ana

Maria Sobral disse...

Passei por aqui, porque está a ser difícil fazer a tarefa do bookmarking, e resolvi dar-te uma sugestão: o título do teu blogue não ficaria mais sugestivo sem o "D", só páginas de Inês?